IEEC 2012 |
"Formação do Povo Brasileiro"
(Textos produzidos pelos alunos do IEEC 2012)
"Ninguentude" da Diversidade
Thaiana Balbino Santos
"Temos
o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza, temos o direito de
ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza" (Boaventura de Souza
Santos).
De uma mistura entre indígenas, africanos e
portugueses, nascem os "Zé Ninguém", uma "ninguentude"
filha da diversidade linguística, racial, cultural, econômica, social e humana.
Nós, o povo brasileiro, somos mestiços desde sempre, um balaio de gato, uma
colcha de retalhos rica em originalidade e diversidade. Uma mistura desafiante
para a confirmação da Raiz Brasileira a partir desta múltipla ancestralidade.
Começando pela raiz
indígena de origem Tupi, nascidos da terra "Brasis", o povo
indígena caracterizava-se por serem bons conhecedores da floresta, dos animais
e da natureza de uma forma geral. Sobreviviam da caça, da pesca e da
agricultura com diferentes técnicas de manejo e extração dos recursos naturais
a partir de uma economia coletiva. Eram seminômades, vivendo em casas
comunitárias com famílias extensas e fortes laços de parentesco. Enfatizavam a
perpetuação de seus grupos a partir da disseminação de sua fé por meio de
rituais e histórias mitológicas. Além disso, apresentavam grande riqueza em sua
culinária, artefatos para enfeites e para caça e pesca e expressão artística e
cultural, que hoje se apresentam como forte aspecto da cultura brasileira.
E chegam os portugueses, descobrindo um Brasil já
descoberto pelos povos indígenas, com o desejo de encontrar uma nova terra para
transformar em uma nova sociedade, mais nobre, verdadeira e justa. No entanto,
esta chegada perpetua seu olhar dominador e seu espírito de superioridade, sua
intenção de civilizar os selvagens, de culturalizar os bárbaros, incultos, sem
alma e sem sentimentos, de levar a verdadeira fé e os bons hábitos àquelas
pessoas despidas e mal educadas, e, de dominar as riquezas desta nova terra.
Caracterizando assim, uma história de fé, esperança, caridade, domínio
econômico e interesse político.
Um encontro marcado pelo preconceito, discriminação,
violência, brutalidade, caos, abuso sexual, doenças, epidemias, inferiorização,
destruição cultural, escravidão, interesses econômicos, políticos, e loucura,
em prol do desbravamento, da colonização e do progresso. Como resultado deste
encontro nos apresentamos, povo brasileiro mamelucos, com um espírito
desbravador, habilidades na ciência, medicina, culinária, arquitetura, moda,
música e conhecimento da palavra de Deus, mesmo que de uma forma impositiva e
com uma promessa de falsa proteção:
"Paraíso
e inferno podem ser em qualquer lugar da terra, nós podemos os levar a qualquer
lugar que formos" (Cristóvão Colombo).
"E
triunfaram os colonos, que usaram os índios como guias, lenhadores, caçadores,
remadores, pescadores; e sobretudo, a índias, como os ventres nos quais
engendraram uma vasta prole mestiça, que viria a ser, depois, o grosso da gente
da terra: os brasileiros" (Darcy Ribeiro).
Para uma terra tão grande, em processo de crescimento
urbano, econômico e social, nada mais rentável que trabalhadores, roubados,
obrigados a se submeter a um sistema de escravidão, deixando para trás suas
famílias, seus afazeres, suas vidas. Quanto mais fortes e mais jovens, mais
aptos estariam para sobreviver às condições da viagem da África até o Brasil
embarcados nos navios negreiros. E assim os negros foram trazidos para o
Brasil, com os rostos marcados pelos açoites, com o coração sangrando de raiva
e indignação, de culturas diversas, línguas diversas e crenças diversas. Vistos
como homens e mulheres destituídos de alma, quando entravam nos navios, eram
batizados e logo recebiam a promessa da salvação e um nome cristão, dados por
um padre. O outro lado desta história destaca a herança cultural brasileira
proveniente desta mistura que dá origem ao mulato, capoeira, dança, música
popular (batucada), carnaval, alegria, futebol, arte, culinária (dendê),
umbanda.
A partir de uma fusão espiritual, linguística,
artística, cultural entre estes povos indígenas, brancos, africanos, mulatos e
mamelucos, nascemos nós: O Povo Brasileiro, com toda a sua ternura,
generosidade, força e diversidade! No entanto, um Brasil que ainda apresenta
preconceitos contra negros e índios, que na verdade, são nossas raízes? Que
liberdade é essa afinal? Que identidade é essa afinal? Somos o que nós somos!
Deixa-nos livre!
"Nós,
Brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne
e no espírito... Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo... Vi vendo
por séculos sem consciência de si, afundados na ninguendade... Um povo,
até hoje, em ser, na dura busca de seu destino... lavados em sangue índio e
sangue negro... Mas apesar de feitos pela fusão de matrizes tão diferenciadas,
os brasileiros são, hoje, um dos povos mais homogêneos linguística e culturalmente
e um dos mais integrados socialmente da Terra... O Brasil... magnitude
populacional... criatividade artística e cultural... auto-sustentado... Estamos
nos construindo na luta para florescer amanhã como uma nova civilização,
mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre, porque mais sofrida.
Melhor, porque incorpora em si mais humanidades. Mais generosa, porque aberta à
convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada na mais
bela e luminosa província da Terra" (Darcy Ribeiro).
Afinal, qual o propósito de Deus com a criação do Povo
Brasileiro, a partir dessas raízes negra, indígena e branca? É tempo de
descobrir a identidade de Deus em nós, Povo Brasileiro!
Suor e sangue
Bruno Ferreira Boschi
Em
uma terra de interesses, disputa, conquistas e derrotas, a sede de ganhar e
conquistar, crescer e vencer. Nessa terra tinha um homem que sonhava bem mais
alto, ele acreditava que a terra era redonda e isso mudaria o rumo da história
da humanidade toda.
Homem
obstinado a provar uma tese e mudar de vida, ganhar poder e títulos reais e
marcar o nome na historia com um feito e um descobrimento enorme mais até do
que ele esperava. Começa assim uma jornada. Esse homem acreditava que a terra
era redonda, e que tinha que provar isso a qualquer custo, pois levaria ele ao
ponto mais alto que um homem poderia ir, ele pegou todos os homens e saiu à
procura de uma prova, depois de meses, uma nova terra era avistada um feito
maior que o propósito foi alcançado, descobriram que as terras que conheciam
não eram as únicas terras, quebrando assim um tabu enorme, mais a historia só
estava começando, pois estão prestes a descobrir que a nova terra não era
desabitada, e que tinha o seus próprios moradores.
Mais
um desafio e mais uma conquista fácil, pensarão eles, mas a terra tinha seus
próprios males e perigos e não foi uma tarefa tão fácil assim, abrimos um
parêntese na história para voltar pra Portugal, mais homens, mais armas, mais
guerras, mais dinheiro, mais riqueza pra quem produz a guerra.
Voltando
ao Brasil muita luta por disputas de interesses, de um lado os portugueses
queriam ouro riqueza e as mulheres, por outro lado os indígenas queriam viver
livres e voltar à sua própria vida, muito sangue e morte, depois os portugueses
perceberam que dava muito trabalho para capturar um indígena, e quando ele era
capturado, escapava muito fácil e entrava na mata que eles não conheciam muito
bem, tiveram uma cruel ideia: Vamos trazer escravos da áfrica, os negros!
Começando
assim mais um episódio da nossa formação. Os negros eram trazidos de navio e
também eram tratados como bicho, dentro dos navios eles traziam homens e moças
novas para os donos senhores de escravos.
Os
donos dos escravos se deitavam com as moças negras, e também com as mulheres
indígenas, os filhos com as negras, não eram negros e nem brancos e os filhos
com as indígenas não eram nem branco e nem indígenas... Esses filhos por não
serem nem brancos nem negros nem indígenas eles não eram aceitos em nenhum
lugar, então filhos de mestiços com filhos mestiços se casavam formando assim o
povo brasileiro, e isso explica por que somos um povo tão forte e que tem
facilidade de superar qualquer situação somos a combinação do melhor de cada
povo, forjado no suor e sangue.
Brasilidade
Thiago
R. Dias
Uma terra desconhecida em
que os europeus, especificamente os portugueses que chegaram a essa terra com a
finalidade de colonização, pensavam que era uma terra inabitável, terra essa,
onde já existiam povos indígenas espalhados por todos os lugares, de norte a
sul, de leste ao oeste. Povos tradicionais com uma diversidade cultural e de
línguas que habitavam esta terra.
Indígenas que habitavam esta terra rica em suas florestas, animais, e tantos outros recursos naturais que os mesmos viviam e se contentavam apenas com o que tinham e que utilizam desses recursos naturais para sua sobrevivência.
Os portugueses entendiam que os indígenas eram um povo sem civilização e sem cultura, escravizou os povos na busca por seus recursos naturais. Na visão socioeconômica, a escravidão indígena era direcionada para uma visão mercantilista, assim muitas tribos passaram a escravizar outras tribos para os homens brancos numa guerra travada por sua sobrevivência.
A igreja católica veio com a missão de catequizar os indígenas com o pensamento de que o índio era um ser humano sem alma, impondo a crença a um povo que era totalmente politeísta.
Essa terra que foi manchada com o sangue de tantos povos, indígenas e portugueses, como também de escravos que vieram da áfrica, escravizados pelos europeus adquiridos como se fossem um produto que se encontram na prateleira de uma mercearia.
O homem negro, reconhecido pela sua pele escura, era desvalorizado e escravizado pelos portugueses que desfrutavam desses escravos utilizando-os como mão de obra para o trabalho braçal.
Indígenas que habitavam esta terra rica em suas florestas, animais, e tantos outros recursos naturais que os mesmos viviam e se contentavam apenas com o que tinham e que utilizam desses recursos naturais para sua sobrevivência.
Os portugueses entendiam que os indígenas eram um povo sem civilização e sem cultura, escravizou os povos na busca por seus recursos naturais. Na visão socioeconômica, a escravidão indígena era direcionada para uma visão mercantilista, assim muitas tribos passaram a escravizar outras tribos para os homens brancos numa guerra travada por sua sobrevivência.
A igreja católica veio com a missão de catequizar os indígenas com o pensamento de que o índio era um ser humano sem alma, impondo a crença a um povo que era totalmente politeísta.
Essa terra que foi manchada com o sangue de tantos povos, indígenas e portugueses, como também de escravos que vieram da áfrica, escravizados pelos europeus adquiridos como se fossem um produto que se encontram na prateleira de uma mercearia.
O homem negro, reconhecido pela sua pele escura, era desvalorizado e escravizado pelos portugueses que desfrutavam desses escravos utilizando-os como mão de obra para o trabalho braçal.
O homem branco na sua busca
por ganância e poder, vem traçando ao longo do tempo assim a história de mais
um povo que vem marcada por escravidão e sofrimento.
A colonização abriu portas para outros países europeus que vieram e se instalaram nessa terra.
Uma colonização que veio marcada por sofrimentos, mas que ao longo dos anos com a convivência entre os povos indígenas, europeus e africanos dá inicio a história de um novo povo, o povo brasileiro.
Povo esse que tem suas raízes do índio, do europeu e do africano. Povo sincrético e com uma diversidade cultural grande, do mulato ao mameluco, esse é o povo brasileiro.
A colonização abriu portas para outros países europeus que vieram e se instalaram nessa terra.
Uma colonização que veio marcada por sofrimentos, mas que ao longo dos anos com a convivência entre os povos indígenas, europeus e africanos dá inicio a história de um novo povo, o povo brasileiro.
Povo esse que tem suas raízes do índio, do europeu e do africano. Povo sincrético e com uma diversidade cultural grande, do mulato ao mameluco, esse é o povo brasileiro.
De repente... Brasil!
Sabrina Mendes de Mendonça
Houve um tempo em que cada um, índios, negros e
brancos viviam no seu canto, no seu lado do mundo. Acreditavam que aquele
pedaço de chão onde pisavam era tudo o que existia. Assim, não se conheciam e
levavam a vida da forma como lhe parecia melhor. Tudo perfeito, tudo estava
onde deveria estar. Ou não!
Os brancos, sabidos que só, viam os barcos que
desapareciam na imensidão azul do mar e não quiseram acreditar que aquilo era o
fim. E que bom! Esse foi o nosso começo.
Com um espírito desbravador se aventuraram mar à
dentro, por dias, semanas, meses, chegaram ao desconhecido, que tanto desejavam
conhecer. As terras inabitadas de além mar. Ops! Surpresa. A terra desabitada
não era tão deserta assim. Depararam-se com os índios, mas para eles, os
brancos, isso não era problema. Vindo de um imenso histórico de conquistas,
seria fácil conquistar a esses também. Nada que um espelho como presente não
resolvesse. Mas não vamos falar disso...
Os índios. Ah! Os índios. Criaturas livres, conectadas
à natureza de uma forma nunca vista antes. Uma pele diferente, cabelos
diferentes, uma língua diferente e uma forma diferente de se vestir, ou melhor,
não se vestiam, mas isso é só um detalhe.
Era uma terra nova para os brancos, e na visão
revolucionária deles, havia muito a ser explorado, muito trabalho a ser feito,
afinal tinham descoberto uma terra de incontáveis riquezas. Arquitetaram um
projeto onde entrariam com o intelecto, talvez administração de bens, e os
índios, conhecedores da terra, entrariam com a execução do projeto, ou seja, o
trabalho braçal. Isso não deu muito certo. O índio, que era livre e já vivia há
tanto tempo por essas bandas, não aceitou essa parceria com o branco. Foi aí que entrou o negro na nossa história.
O branco entrou novamente no seu barquinho, atravessou
o oceano, mas não em direção a sua terra, foi em direção à África, lá havia um
povo que com certeza faria o trabalho não aceito pelos índios, por livre e
espontânea pressão, pode até ser, mas que faria, faria.
O que dizer dos negros... Muito fortes fisicamente,
nobres de espírito, e cheios de uma alegria contagiante. Não queriam vir para
essa terra desconhecida, mas por fim vieram e fizeram o trabalho proposto pelo
branco.
Aqui estavam então os que um dia não passavam de
desconhecidos, o branco, o índio e o negro.
E tudo começou. O branco que quis a índia, que quis o negro, que quis a
branca. Uma verdadeira ciranda de raças, culturas e crenças. Dessa mistura
nasceu um povo, “O Povo Brasileiro”. Nasci eu, Sabrina Mendes de Mendonça, com
cabelos escuros como os do índio, sobrenome de branco e um avô negro.
Nessa minha formação do Brasil, faltaram um pouco de
sangue, sofrimento, abuso e preconceito, mas isso é só um passado triste que
resultou nesse presente de Deus que é a formação do povo brasileiro. Misturado
e rico de beleza, charme e doçura. Valente, não deixa de ir à luta quando
necessário. Alegre, forte e esperançoso
de um futuro melhor e mais digno.
"Estamos
nos construindo na luta para florescer amanhã como uma nova civilização,
mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre porque mais sofrida.
Melhor, porque incorpora em si mais humanidades. Mais generosa, porque aberta à
convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada na mais
bela e luminosa província da Terra.” (O Povo Brasileiro – Darcy Ribeiro, 2006).
Existe: sim o INExistente
existe
Sandra
Duran
Assim como o pólen é levado
pelo ar, assim o DNA de Deus é levado pelas águas. Noé repovoou a terra após o diluvio. Água
gera vida e os mares trouxeram de longe o DNA de Deus para o surgimento de uma
nova cultura: Os brasileiros...
O INExistente veio a
existir: Indígenas, Negros, Europeus. Na mistura da água e sangue surge uma nova
nação, com seus sons, ritmos, danças, sabores, saberes, vestes, artes, línguas,
ciências, caras e bocas. Comem carne de caça, peixe, feijão, milho, farinha,
tapioca, cana, coco, dendê, café, macarrão, porco; tem nomes, tem casas, tem
histórias, tem sonhos, tem dores, tem crenças, ritos e mitos, tem partos, tem
mortes...
Tem gemido nas matas, tem
choro nos rios, tem fuga, tem guerra, tem tempo de trégua e de luta acirrada.
Tem amores e ódios, tem prazer e tristeza, tem canoas e flechas, tem canhão e
escopeta, tem algema e chicote, tem cantos nas dores, tem fé e certeza, tem
cruz; cruz nas velas dos barcos, nas mãos das mulheres, nas bíblias, nas
vestes, no alto dos fortes, na igreja e cidade, tem mortes; tem vida, tem
mortes, no corpo e na alma tem mortes.
Quem são estes? Que
multidão é esta entre tantas nações?... Os brasileiros...
Povo guerreiro, povo forte,
generoso que nasceu, sobreviveu, viveu, sofreu, mas venceu; cresceu e continua
crescendo além das possibilidades e preconceitos... Povo livre, povo alegre,
povo leve, povo festeiro...
Nem Colombo, nem jesuítas,
nem reformas ou pastores, nem missões, nem poder político, nem reis e rainhas,
nem tratados, nem santos, nem comercio, nem dinheiro, nem leis ou interesses,
nem prisões, nem maldade, nem liberdade, nem massacres, nem sonhos ou
pesadelos, nem luto ou dor conseguiu abortar a nova nação nascida no coração de
Deus: Os brasileiros... Mas a Palavra, a Água da Vida foi levada.
A identidade de um povo é
forjada no fogo, fogo das paixões: pela vida, pela liberdade, pela justiça,
pelo amor, pela unidade, pela diversidade, pela esperança... Deus estava lá o
tempo todo, Deus continua lá hoje e continuará para sempre e eles, Os
brasileiros, um dia, estarão para sempre com Deus.
Não se pode separar o
inseparável, pois, o que Deus juntou o homem não separa, AMA.
“As muitas águas não poderiam apagar o amor,
nem os rios, afogá-lo...” Ct 8:7a
Bendito seja o nome do
Senhor
Brasileiros
legítimos
Aparecida Ferreira dos Santos
O povo brasileiro é constituído basicamente por três povos: índios,
negros e os brancos europeus.
Desde a época em que os
portugueses chegaram aqui, eles foram se misturando ao povo indígena. Os
portugueses se relacionavam com as índias e geravam os mamelucos. Com a chegada
dos negros para trabalhar no Brasil como escravos, os portugueses começaram a
se relacionar também com as negras surgindo os mulatos.
Os filhos dessas misturas,
na época, ilegítimos, ficaram sem uma identidade própria, pois não eram índios,
não eram negros e nem eram brancos. Afinal, não pertenciam a povo nenhum.
Os anos se passaram e eles
continuaram se misturando e hoje o que vemos é uma nação bem diversificada em
todos os aspectos. Em outras culturas não é difícil definir o tipo físico das
pessoas. Fato que já não acontece no Brasil. Somos uma mistura de muitas raças,
costumes e culturas. Difícil definir fisicamente.
Da nossa herança indígena
temos as receitas caseiras para todo e qualquer tipo de enfermidade, o hábito
de tomar banho todos os dias, a culinária, principalmente a mandioca, as
festas, a hospitalidade e a generosidade.
A hospitalidade e a
generosidade que herdamos dos nossos antepassados indígenas é bem forte entre
nós. Somos um povo que recebe muito bem
o estrangeiro, que se faz de guia turístico com muito prazer, se desdobrando
para atender as necessidades dos nossos visitantes. E quando eles decidem permanecer no país, nos
sentimos lisonjeados por seu amor e escolha por viver nesta terra. E logo damos
um jeitinho de entrosar o novo morador ao cotidiano do nosso país.
Do negro herdamos a força,
a vontade de lutar e de vencer. O sonho
de atingir novos horizontes e os ideais de liberdade. A garra para continuar em
meio às adversidades. A alegria, as
festas, tudo faz parte da nossa cultura hoje.
Herdamos também um pouco do
branco com sua preocupação com o vestuário, sua culinária, educação e espírito
desbravador.
Tudo isso junto formou o
povo brasileiro. Isso é o que nós somos hoje. Na época da colonização sem
identidade, mas hoje, “diferentemente bem definidos”. Em cada rosto uma marca
dos nossos antepassados, resultado de uma mistura que deu certo. Brasileiros
sim, bem definidos com cabelos encaracolados, mistura do negro com branco, dos
olhos cor de mel e cabelo crespo, da pele negra e olhos verdes, da pele branca
e cabelos lisos e com imensa facilidade para se bronzear, mistura das três
raças.
Somos brasileiros e
carregamos em nossas veias nações diferentes e isso faz de nós pessoas
extremamente abertas para nos adaptar a novas situações e a olhar o diferente
com normalidade. Somos brasileiros e
como se diz na TV, não desistimos nunca.
É isso que somos BRASILEIROS LEGÍTIMOS.
Meu povo Brasileiro
Aline Lopes
Ser
brasileiro é convivendo com a diversidade de culturas, más pouco se sabe sobre
nossa raiz, conviver com indígenas e afros para alguns ainda é incomodo e o
preconceito ainda existe em nosso meio sendo que o senso de elite dos
portugueses ainda predomina, e o grande motivo disto a meu ver é a falta de
conhecimento.
Nas escolas pregam a
historia do Brasil, descrevendo os portugueses como descobridores do Brasil já
descoberto pelos indígenas, sendo os portugueses heróis e precisando de mão de
obra não indígena, pois eram preguiçosos tendo assim que trazer africanos esses
bem trabalhadores mais sem alma. Mesmo lendo livros de historia parece que isso
é realmente tudo que podemos aprender do começo de nosso país. Isso está errado
não podemos comparar a história de nosso país com uma historinha de criança
onde categorizamos o homem bom e o mau da história.
Então para entendermos mais
de nossas raízes precisamos entender que não existe o povo certo ou o errado,
mais que todos acertaram e erraram.
Os portugueses vieram com
planos ambiciosos, riqueza era o que pretendiam encontrar e realmente encontram
mais não conseguiram perceber eram seres humanos para eles selvagens, sem alma.
Há mais não é desse tipo de riqueza que queriam era o pau-brasil isso que
importava a eles, o povo ingênuo e sem cultura, que trabalhava e em troca
recebia quinquilharias e entregava suas mulheres aos forasteiros, foram em
grande parte trocados pelos africanos devido ao crescimento da colonização. A
partir daí o índio passou a ser descrito como preguiçoso e despreparado para
viver em uma civilização. E sendo descrito até hoje assim tendo que travar
longas batalhas contra preconceito e para a sobrevivência. Sabendo que para
tudo isso acontecer muitos indígenas e portugueses morreram, os indígenas pelo
contato com as doenças do homem branco e os portugueses com as flechadas em
confrontos na busca da colonização do Brasil.
Com o crescimento da
colonização a busca de mão de obra foi cada vez aumentando por isso a busca dos
africanos, os mais fortes e saudáveis vindos da África em navios nas piores
condições possíveis, deixando seu país sua família, sem serem consultados,
contra sua própria vontade. E assim os africanos trabalhavam nas atividades
agrícola e mineradora. Muito sofrimento e mortes aconteceram em nossa historia.
Mulheres indígenas e africanas foram violentadas e ficando grávida dos
portugueses, desta miscigenação começou assim a nascer um novo povo o povo
brasileiro, sendo filho nascido não mais indígena ou africano e rejeitado pelo
pai.
Sem dúvida a história do
nosso povo tem em muitas coisas a serem descoberta e conhecida por nós, mais
entendendo a dor o sofrimento causado não posso me denominar portuguesa mesmo
tendo a cor branca, ou africana por ter a cor escura ou indígena por ter o
cabelo liso e preto, entendo que sou brasileira africana, portuguesa e indígena
a mistura que faz meu povo ser assim: alegre, forte, não desistiu nunca, ter
raça. O preconceito não pode existir em nosso meio viemos todos de uma mesma raiz
e conhecendo como tudo isso aconteceu passo amar mais o meu país que tanto
lutou, tanto sofreu hoje vivemos a liberdade de nós aceitarmos todos da maneira
como somo esse é o meu povo brasileiro.
Mistura brasileira
Marlene
Quando eu leio a historia do meu
Brasil, ou vejo algum a reportagem ou filme fico muito indignada, fico com
raiva mesmo pois e a minha gente minhas
raízes. Mesmo conhecendo a
bravura do meu povo e triste lembrar os massacres as mortes eu não entendo até
o dia de hoje, mas lembrar que sou mistura desse povo e que em minhas veias corem sangue de indígenas me da um
certo alivio, pois e um povo humilde de
tantas culturas línguas e inteligência, pois falar desse povo sem
reconhecer suas habilidades e
tecnologias e como falar ao vento .
Sem contar os negros nossos irmãos
trazido da África povo alegre
ativo cheios de força e esperança
humilhado e escravizado pela burguesia .
Em seus corações havia esperança de
liberdade, desejo de mostrar as pessoas que eram capazes de amar de realisar de
criar e se tornar senhores de si mesmos. Precisou muitos sofrimentos, muitos
anos afim para se dar conta de que os
indígenas, e os negros eram seres humanos, mas o triste racismo se
perdurou por muitos anos até na década de hoje vimos racismo em algumas
pessoas, mesmo com a mistura de povos. O que nos traz alegria é saber que somos
uma nação forte de pessoas valentes, trabalhadoras, esforçadas, criativas,
independentes, honradas, pela sua historia que não ficaram dependentes de
outras nações. E que honram sua cultura, sua nação, seu povo, não importa o que
passou somos uma mistura brasileira.
O povo brasileiro
Éloïse Gagnon
Ao longo de cinco séculos de historia,
quando ainda não eram Brasil, a colônia de onde os europeus vinham para retirar
riquezas, porque a Europa na época vivia das economias mercantilistas com
objetivo central do acúmulo de riqueza.
Os brasileiros tiveram dificuldade em
equilibrar igualdade e diferença. Nestes cinco séculos de história, sempre
tivera, a tendência para ver o diferente como inferior, assim justificativa que
o colonizador pudesse dominar e usar a escravidão de negros e índios. O Europeu
conquistador acreditava que os índios da terra e os negros da África eram
inferiores, assim eles seriam explorados para extrair a riqueza que seria
levada para a metrópole.
Essa dinâmica de desigualdade social
entre o branco, o índio e o negro, marcou a história do povo brasileiro. E até
os nossos dias, escrevem a história com uma batalha para ter o direito de ser
iguais entre essas etnias que formam o Brasil de hoje.
“Temos o direito de ser iguais quando a
diferença nos inferioriza, temos o direito de ser diferentes quando a igualdade
nos descaracteriza.” Sociólogo português, Boaventura Santos.
Os índios
:
Durante muito tempo a História do Brasil
foi contada do ponto de vista dos colonizadores europeus, de uma visão
eurocêntrica, mas os indígenas habitavam há milênios este território. Os dados
apontam para uma população superior a 5 milhões de indígenas á época da chegada dos portugueses, o
que equivaleria á população de
Portugal no mesmo período. Os brancos colonizadores destituíram de história, os
indígenas, porque tinham um modo diferente de transmitir a memória de seu povo
de geração, por meio da tradição e não da escrita, como faziam os brancos. Como
eram considerados incultos e bárbaros, caberia ao colonizador levar a esses
povos a fé cristã e mudar seus hábitos, a fim de civilizá-los. Mas os indígenas
tinham as próprias tecnologias silvestres e organização social. As sociedades indígenas
também se distinguiam nas suas formas de explicar a formação do mundo e os
fenômenos da natureza. Eles praticavam rituais, dos mitos deles, que visavam
transmitir a cultura e a própria história para as novas gerações.
A cultura dos índios havia deixado
algumas marcas na construção da civilização brasileira, tais como as
contribuições culinárias e algumas palavras incorporadas ao vocabulário, como
maracujá, abacaxi, sucuri... que são hoje, numa parte indissociável da cultura
brasileira.
Os negros
:
Os negros africanos foram trazidos para
o Brasil na condição de escravos, contra sua própria vontade, deixando para
trás famílias e povos, assim, colaboraram para a atividade agrícola e
mineradora da América colonial. O escravo foi destinado ao trabalho nos
canaviais do Nordeste, na extração do ouro das Minais Gerais e, mais tarde, nos
cafezais de São Paulo. Ele era uma das mais valiosas mercadorias que a
metrópole vendia para a colônia, facilitando a exploração do império português.
A maioria dos negros era das nações da
costa ocidental africana, assim como os índios, esses negros eram oriundos de
tribos e de culturas diversas, com organizações sociais e idiomas próprios.
Além de economicamente necessária, a escravidão salvava as almas dos africanos
muçulmanos ao elevar o escravo bárbaro e infiel á condição de civilizado. Assim, dentro da Igreja o debate foi
intenso mas foi o espírito das Cruzadas que reacendeu o início do tráfico
humano. A Igreja contribuiu para o processo de desumanização do negro, destituído
de alma, que transformava-se mais facilmente em mercadoria. Pelo batismo, ele
recebia uma alma e um nome da Bíblia. Tornando-se cristão, o branco dava-lhe a
oportunidade de chegar ao céu, mas deveria antes amargar no inferno do trabalho
escravo.
Com a escravidão, surgiu a resistência a
ela, resistência contra a opressão, que perdurou no Brasil até o final do
século 19, depois uma grande longevidade. O processo de abolição da escravatura
foi lento e revela os desejos da elite rural em estender ao máximo a duração do
trabalho escravo no Brasil. Finalmente, em 1888, a abolição acabava com a
escravidão.
As manifestações culturais dos negros,
expressas na alegria do carnaval, na magia da umbanda, na dança da capoeira, na
arte do futebol, na variedade da culinária, na riqueza da musica popular e em
inúmeras outras áreas nas quais lhes foi permitido mostrar o seu valor ajudam a
compor a cultura brasileira, tão enriquecida pela sua influência.
Os brancos
:
A colonização foi obra dirigida por um
único povo ; o português, que oficialmente chegou primeiro. Também os primeiros
a chegar em maior quantidade foram os exilados de Portugal por terem cometido
algum tipo de crime, os piores bandidos, os criminosos e os marginais. Além dos
degradados, vieram os padres, da Companhia de Jesus, que aprenderam a língua
geral indígena e fundaram as missões. Apesar de destruir o universo cultural do
índio e impor uma nova crença que não fazia sentido para o nativo, os jesuítas
evitaram um massacre ainda maior dos indígenas, pois lutaram contra sua
escravidão e tentaram protegê-los nas missões. O isolamento promovido pelos
jesuítas limitou a escravidão a participação dos indígenas no
processo de colonização.
Os brancos vieram no passado e continuam
a chegar em terras brasileiras em ondas de origem europeia. Além dos europeus,
desde o final do século 19 e início do século 20, vimos chegar ao país povos
orientais e de origem muçulmana do Oriente Médio.
Conclusão
:
O
Brasil beneficiou-se da herança de muitos povos, de muitas gentes diferentes.
Cada etnia diferente do povo brasileiro trouxe uma marca dela que dá a riqueza
única na cultura do Brasil.
A mistura de um povo
Domingos milagre
Uma terra desconhecida em
que os europeus, especificamente os portugueses que chegaram a essa terra com a
finalidade de colonização, pensando que era uma terra de novas oportunidades,onde já existiam povos
indígenas espalhados por todos os lugares, de norte a sul, de leste ao oeste.
Povos tradicionais com uma diversidade cultural e de línguas que habitavam esta
terra.
Os Indígenas que moravam
nesta terra rica em suas florestas, animais;plantas; e outros recursos naturais
que os mesmos viviam e se encontravam aqui para o utilizo da sua sobrevivência.
Os portugueses entendiam
que os indígenas eram um povo sem civilização e sem cultura,então os escravizou na busca de recursos naturais. Na
visão socioeconômica, a escravidão indígena era direcionada para uma visão
mercantilista, assim muitas tribos passaram a escravizar outras tribos para os
homens brancos numa guerra travada por sua sobrevivência.
A igreja católica veio com
a missão de catequizar os indígenas com o pensamento de que o índio era um ser
humano sem alma, impondo a crença a um povo que era totalmente politeísta.
E por ver que o seu
trabalho em busca de recursos mineiras os indígenas não tinham tanta forças
como eles queriam então trouxeram os negros africanos na parte do norte da
áfrica como Sudão e angola..., O homem negro, reconhecido pela sua pele escura,
era desvalorizado e escravizado pelos portugueses que desfrutavam desses
escravos utilizando-os como mão de obra para o trabalho braçal e O homem branco
na sua busca por ganância e poder, vem traçando ao longo do tempo assim a
história de mais um povo que vem marcar
por escravidão e sofrimento e onde teve uma mistura de raças...porque as
mulheres indígenas elas tomavam banho nos rios e os portugueses ia La e se
deitavam com elas,também pegavam em suas empregadas em casa que eram africanas
e se deitavam com elas isso concedendo filhos fora dos seus matrimônios...e
vinha também os negros africanos que se deitavam com algumas indígenas então
gerando filhos.
A colonização abriu portas
para outros países europeus viessem se
instalar no Brasil, formando o povo brasileiro.
Origem
Fabrício
Gouveia de Souza
Descoberta de uma Terra? Já
havia gente Nela!
Uma história mal contada
por gente que não era dela, que escreveram a história e por isso é a verdade, o
resto é mito, pois não foi escrito.
Assim se deu a chegada dos
portugueses, desconsideraram os indígenas e os destituíram da historia, dando
inicio a uma imagem que muitos carregam até hoje.
Com o desenvolvimento da
colonização e a utilização do trabalho escravo, a mão de obra indígena foi em
grande parte substituída pela do negro africano. A partir daí, o índio passou a
Ser descrito como preguiçoso, despreparado para o trabalho e, então
despreparado para a civilização.
Então chegou aqui o Negro
Africano, capturado em seu País e vendido para ser escravo no Brasil.
A Igreja dizia que o Negro não tinha alma, e
isso facilitava para que os transformassem em mercadoria, eles eram batizados e
assim se recebia uma alma, ganhando dos brancos uma “oportunidade de ir ao
céu”, mas antes tinham que sofrer no trabalho escravo.
Mas nossa brasilidade não
se inicia em interesses gananciosos, busca de poder, abusos religiosos, mas sim
no coração do Criador, que há muito tempo já havia planejado esse povo, povo
que são todos em um, um povo com a cara do mundo todo.
Havia um propósito no
coração do Criador, a miscigenação intercultural!
Dizer que não temos uma
identidade é um grande equivoco, quem somos? Somos brancos, negros e indígenas,
a historia sangrenta e abusiva que conhecemos não é a origem, mas sim um
processo mal interpretado pelo homem.
Resumo
dos textos lidos e filmes assistidos
José
S. Vieira
O que posso resumir em
vista da grande falta de consciência humana, pois Deus criou o homem e deu a
ele tudo de bom, mas com o passar do tempo ele se destruiu a si próprio, desde
os tempos antigos com a queda do império Romano. O abuso de poder de certos
líderes enfim.
Comercialização humana de negros,
indígenas, toda uma matança na época dos jesuítas.
Caso de preconceito por parte de
pessoas no filme Quase Deuses.
Falta
de bom censo, egoísmo, extermínio de populações.
Dessa forma o mundo vem se
degradando a cada dia, pela falta de amor, falta de raciocínio. As pessoas
pisam nas outras para alcançar seus objetivos.
Os humanos, independente de suas
nacionalidades já são egoístas, querendo tudo para si, e assim será até o fim
de tudo, porque aquele que é sujo suje-se mais ainda
e
aquele que é limpo limpe-se mais ainda.
Uma nação formada pela
miscigenação
Ruth Mattos Khemraj
Uma só palavra não seria
capaz de abarcar as experiências históricas que marcaram a formação do povo
Brasileiro.
A nossa árvore genealógica
vem dos brancos índios e negros, só que os índios e os negros sempre foram
considerados pelos brancos como seres inferiores, sem cultura e sem alma.
Assim, por serem inferiores, negros e índios não eram responsáveis por seus
atos, e, portanto, não podiam viver em liberdade. Essa justificativa era
importante para que o colonizador pudesse explorar a mão de obra, a fim de que
produzissem as riquezas que seriam levadas para a metrópole.
Como os indígenas eram considerados
bárbaros, caberia ao colonizador levar a esses povos a “verdadeira fé” (a fé
cristã) e seus hábitos, a fim de civiliza-los. Caso tal empreitada não fosse
possível, restaria a escravidão, pois, já que suas “mentes limitadas” não
permitiam a regeneração, ao menos trabalhariam em favor da “missão
civilizadora” na condição de cativos. No que diz respeito à cultura e a
identidade, a presença da igreja católica, que impunha suas crenças, atingiu
irremediavelmente o universo cultural indígena, assim como as suas explicações
de mundo. Alem disso, os índios cristianizados, por assimilarem não apenas a
religião, mas também as técnicas produtivas do colonizador acabavam por se
tornar o alvo preferido do trabalho escravo.
Os indígenas viviam da
caça, da pesca, da coleta e de uma agricultura rudimentar. Eram seminômades,
estabeleciam-se em uma região até que a fertilidade do solo se esgotasse,
buscando então uma nova região para construir suas aldeias.
O casamento entre branco e
índia deu origem ao mameluco, esse foi o primeiro elemento étnico do processo
continuo de miscigenação que viria a dar origem ao povo brasileiro. Já não era
índio, mas tinha a cultura da mãe; também não era branco, e era regenerado pela
cultura do pai. Na busca de identidade e sobrevivência, esse novo ser foi
obrigado a colocar a cultura materna a serviço do colonizador europeu.
Os negros africanos foram
trazidos para o Brasil na condição de escravos, sem serem consultados, contra
sua própria vontade, deixando para trás famílias, povos, vidas. A maioria dos
negros foi trazida para o Brasil da costa ocidental africana. Assim como os
indígenas, esses negros eram oriundos de culturas diversas, com organizações
sócias e idiomas próprios, portanto não falavam a mesma língua nem partilhavam
das mesmas crenças.
De uma forma ou de outra, a
igreja contribuiu para o processo de “desumanização” do negro. Destituído de
alma, o negro transformava-se mais facilmente em mercadoria, pelo batismo,
recebia uma alma, o branco dava-lhe a oportunidade de chegar ao céu, mas
deveria antes amargar no inferno do trabalho escravo.
A mistura entre as raças
negras e brancas no Brasil se deu pelo contato sexual do homem branco com a
mulher negra, mais precisamente, do senhor com a escrava. Dessa miscigenação,
originou-se o mulato.
As manifestações culturais
dos negros, expressas na alegria do carnaval, na dança da capoeira, na arte do
futebol, na variedade da culinária, na riqueza da musica popular, e em inúmeras
outras áreas nas quais lhes foi permitido mostrar o seu valor ajudam a compor a
cultura brasileira, tão enriquecida pela sua influencia.
As embarcações portuguesas
navegavam por todos os mares. Os portugueses tornaram-se os primeiros europeus
a estabelecer contato comercial sistemático com diversos povos orientais. Esse
contato com diversas culturas é considerado um dos fatores fundamentais para
caracterizar o Português como um povo propenso a miscigenação e a tolerância no
convívio com “culturas exóticas”.
Deve-se reconhecer,
contudo, que a colonização do Brasil, foi obra dirigida por um único povo: o
português. Foi ele quem oficialmente chegou primeiro.
Um
pouco de TUDO. Um TUDO, que não é de nada, de um TODO perdido
Aline
B. D. Salgado Souza
O que somos?
Um pouco de tudo.
Quanto esse tudo é
valorizado em nossas vidas?
Nada.
Só posso concluir que estamos devidamente perdidos.
Só posso concluir que estamos devidamente perdidos.
Em nome da razão se
concluiu que os índios e negros eram incivilizados e inferiores.
Em nome da fé que eles não tinham alma.
Em nome da fé que eles não tinham alma.
Então, todos justificados!
Escravidão e exploração.
Fraternidade, Igualdade e
Liberdade que nunca se pôde compreender, uma revolução que parece ter parado no
tempo.
Hoje uma razão que quer
manter índios isolados e negros marginalizados.
Uma fé cega, mas, também surda e muda que tem medo de se manifestar.
“ Passamos um século assistindo á farsa de que o gigantesco mosaico racial brasileiro era todo feito de iguais perante a lei. Mas, acima da lei está à vida, COMO ELA É, e ela é ainda repleta de injustiça, de preconceito e discriminação. ”
Uma fé cega, mas, também surda e muda que tem medo de se manifestar.
“ Passamos um século assistindo á farsa de que o gigantesco mosaico racial brasileiro era todo feito de iguais perante a lei. Mas, acima da lei está à vida, COMO ELA É, e ela é ainda repleta de injustiça, de preconceito e discriminação. ”
Eu não sei você, mas o meu
sangue ferve nas veias, essa mistura de negro, índio e branco.
Sou fruto de toda essa dor, essa escravidão, essa tristeza, mas também essa coragem, ousadia, esse espírito desbravador, essa alegria, essa naturalidade cultural da diversidade. Esse sangue trás a tona toda a minha identidade e toda a minha brasilidade. O todo proporcionou que eu tivesse tudo que eu preciso pra entender que no meio de tanta diferença encontro a igualdade de que todo ser humano tem uma característica única, uma identidade que é firmada em uma base chamada Deus, o TODO e que Nele TUDO subsiste.
Sou fruto de toda essa dor, essa escravidão, essa tristeza, mas também essa coragem, ousadia, esse espírito desbravador, essa alegria, essa naturalidade cultural da diversidade. Esse sangue trás a tona toda a minha identidade e toda a minha brasilidade. O todo proporcionou que eu tivesse tudo que eu preciso pra entender que no meio de tanta diferença encontro a igualdade de que todo ser humano tem uma característica única, uma identidade que é firmada em uma base chamada Deus, o TODO e que Nele TUDO subsiste.
O Povo Brasileiro
Efigenia
Roseli Rick de Carvalho
Que povo é esse? De onde
veio? Como se formou? Para onde está caminhando?
As pessoas não têm tempo
para repensar sua história e filosofar sobre a vida. Raros são os que investem
em seus projetos e sonhos mais cálidos. Precisamos fazer uma parada estratégica
para corrigir nossas rotas. Esse Brasil que temos hoje em nossas mãos, não
fomos nós que o fizemos. Apenas o herdamos; mais que procurar vítimas e
culpados cumpre-nos, traçar um novo rumo para todos nós; será pela educação,
pela abertura a uma mudança de mentalidade; onde a palavra de ordem seja
tolerância.
Um povo formado pela
miscigenação de raças indígena, negro africano e branco europeu;
O
Índio
Descritos pelo ponto de
vista dos colonizadores europeus como destituídos de história, por transmitir de uma
maneira diferente; por meio da tradição oral e não escrita como os brancos. Ingênuos e sem cultura, por trabalhar na extração
de pau-brasil e dar suas mulheres aos forasteiro. Indolente e preguiçoso, por utilizarem o negro africano.
Na verdade demonstraram o desconhecimento da diversidade desse povo. São
muito inteligentes, possuem grande capacidade de adaptação, sabem cultivar a
terra, são hábeis botânicos; além da agricultura, a pesca, e a caça eram
praticadas com grande habilidade.
Organização social baseadas em famílias extensas com objetivo de perpetuação, o individualismo não faz sentido; O primeiro elemento étnico do processo de miscigenação que viria a dar origem ao povo brasileiro foi o mameluco, união de branco com índia. Organização econômico além do aspecto cultural para a antropofagia ritual, diferente de outras sociedades que escravizavam seu prisioneiros; não faz sentido para os indígenas.
Organização política exercido por um chefe que se destaca em sua valentia, ponderação, generosidade, justiça. Ele não governava, mas defendia os interesses coletivos.
A preservação da cultura, da história, e dos valores, eram pela transmissão oral “ . . .a minha língua é como a pena de habilidoso escritor ”(Sl 45.1). Artesanatos com finalidades diversas e de muita criatividade. Matérias-primas para confecção de redes e cobertores, inúmeros objetos que hoje nos são úteis. Enfim temos muito que aprender com estes povos.
Organização social baseadas em famílias extensas com objetivo de perpetuação, o individualismo não faz sentido; O primeiro elemento étnico do processo de miscigenação que viria a dar origem ao povo brasileiro foi o mameluco, união de branco com índia. Organização econômico além do aspecto cultural para a antropofagia ritual, diferente de outras sociedades que escravizavam seu prisioneiros; não faz sentido para os indígenas.
Organização política exercido por um chefe que se destaca em sua valentia, ponderação, generosidade, justiça. Ele não governava, mas defendia os interesses coletivos.
A preservação da cultura, da história, e dos valores, eram pela transmissão oral “ . . .a minha língua é como a pena de habilidoso escritor ”(Sl 45.1). Artesanatos com finalidades diversas e de muita criatividade. Matérias-primas para confecção de redes e cobertores, inúmeros objetos que hoje nos são úteis. Enfim temos muito que aprender com estes povos.
Os
Negros
Trazidos para Brasil em condições
de escravo, possuíam culturas diversas
com organizações sociais e idiomas próprios. Em condições sub humanas viajavam
nos navios chamados Tumbeiros e depois vendidos como mercadorias. Da
miscigenação de branco com negro originou-se o mulato, um novo elemento étnico.
Resistência formando os quilombos e uso de estratégias pelos proprietários para dificultar fuga, da violência à liberação de terras para próprio plantio.
As manifestações culturais expressas na alegria do carnaval, na capoeira, futebol, variedade culinária, música popular; uma das mais importantes contribuições pode ter sido a difusão da língua portuguesa no Brasil, pois a língua predominante era o nheengatu.
No processo de abolição da escravatura a Inglaterra por ser industrializada, precisava de consumidores e o Brasil assinou um acordo extinguindo o tráfico, a lei nunca foi posta em prática daí a expressão usada”só para inglês ver”. Liberdade e exclusão a triste realidade, livres do trabalho escravo porém escravos da miséria; não se preocuparam com a inclusão à sociedade. Com o fim da segunda guerra mundial e com o escândalo da bailarina negra e norte-americana; nenhum estabelecimento comercial ou de ensino deve deixar de atender ou negar emprego a alguém por preconceito de raça. Assim, o negro brasileiro nas últimas décadas, vem construindo a dignidade roubada, tomando coragem para assumir de maneira orgulhosa a sua condição, lutando por espaço em um País que ajudou a construir.
Resistência formando os quilombos e uso de estratégias pelos proprietários para dificultar fuga, da violência à liberação de terras para próprio plantio.
As manifestações culturais expressas na alegria do carnaval, na capoeira, futebol, variedade culinária, música popular; uma das mais importantes contribuições pode ter sido a difusão da língua portuguesa no Brasil, pois a língua predominante era o nheengatu.
No processo de abolição da escravatura a Inglaterra por ser industrializada, precisava de consumidores e o Brasil assinou um acordo extinguindo o tráfico, a lei nunca foi posta em prática daí a expressão usada”só para inglês ver”. Liberdade e exclusão a triste realidade, livres do trabalho escravo porém escravos da miséria; não se preocuparam com a inclusão à sociedade. Com o fim da segunda guerra mundial e com o escândalo da bailarina negra e norte-americana; nenhum estabelecimento comercial ou de ensino deve deixar de atender ou negar emprego a alguém por preconceito de raça. Assim, o negro brasileiro nas últimas décadas, vem construindo a dignidade roubada, tomando coragem para assumir de maneira orgulhosa a sua condição, lutando por espaço em um País que ajudou a construir.
O
Branco
Como colonizador é precursor de toda miscigenação racial e os padres na
“miscigenação cultural”. Paralelamente ocorre a elite colonial, que tenta
manter-se branca. Cruel! Os brancos herdam fortuna do pai branco; mestiços, os infortúnios da
mãe índia ou negra.
Imigração em grande escala, a família real estava no Brasil, descoberta de ouro, café, a carência de mão de obra pela maioria dos latifundiários; porém os maus tratos aos imigrantes eram muito devido ao costume de escravos, o que contribuiu para muito retornassem a terra de origem; a imigração só voltou quando passou a ser supervisionada pelo Estado e por intelectuais da Sociedade. Ao chegar ao porto de Santos eram reunidos na inspeção e encaminhados para hospedaria em São Paulo.
Hoje constituem um fenômeno altamente complexo e estudado. Em qualquer lugar que se ande, encontra um brasileiro. E por aqui, gente do mundo todo não para de chegar. Todos vêm acrescentando suas cores a esse grande mosaico étnico e cultural que constituem a nossa gente brasileira.
Imigração em grande escala, a família real estava no Brasil, descoberta de ouro, café, a carência de mão de obra pela maioria dos latifundiários; porém os maus tratos aos imigrantes eram muito devido ao costume de escravos, o que contribuiu para muito retornassem a terra de origem; a imigração só voltou quando passou a ser supervisionada pelo Estado e por intelectuais da Sociedade. Ao chegar ao porto de Santos eram reunidos na inspeção e encaminhados para hospedaria em São Paulo.
Hoje constituem um fenômeno altamente complexo e estudado. Em qualquer lugar que se ande, encontra um brasileiro. E por aqui, gente do mundo todo não para de chegar. Todos vêm acrescentando suas cores a esse grande mosaico étnico e cultural que constituem a nossa gente brasileira.
A Origem de um Povo Não Desejado
Marcos Aurélio Vieira de
Mattos
(A diversidade é um elemento central para se entender a formação do povo
brasileiro)
Com a chegada dos portugueses ao “novo mundo”, com uma catequização
forçada, os habitantes do Brasil se viram forçados a adquirir uma nova cultura
muitas vezes forçados a deixar seus usos e costumes. No início havia uma troca
desigual de presentes aonde os portugueses levavam o Pau Brasil para Portugal,
mas depois houve uma escravização, onde os indígenas foram forçados a fazer
tudo que lhe era ordenado. Marcados pelas contradições de conflito e da
convivência, constituímos uma nação com traços singulares que ainda se mostram
vivos no cotidiano dos vários tipos de “brasileiros” que reconhecemos nesse
território de dimensão continental.
A primeira marcante mistura aconteceu no momento em que as populações
indígenas da região entraram em contato com os colonizadores do Velho Mundo. Em
meio ao interesse de exploração e o afastamento dos padrões morais europeus, os
portugueses engravidaram várias índias que deram à luz nossa primeira geração
de mestiços, os caboclos. Fora da dicotomia imposta entre os “selvagens” (índios)
e os “civilizados” (europeus), os mestiços formam um primeiro momento do nosso
variado leque de misturas.
Tempos depois, com a necessidade de trabalhadores mais submissos (pois
na menor oportunidade o indígena fugia e se embrenhava no mato), os europeus
começaram a comprar africanos, que eram sequestrados do seu lar e trazidos em
barcos negreiros sem saber onde iam parar, eram trazidos para o Brasil onde
eram forçados a trabalhos duros e as mulheres eram entregues aos seus senhores para
o prazer sexual, dando origem à outra parte do povo brasileiro, os mulatos.
Muito sofrimento, violações e derramamento de sangue foram feitos dentro
desses quinhentos anos de formação, o racismo era evidente, a não aceitação
dessa miscigenação, homens e mulheres entregues à própria sorte sem uma visão
de quem eram. Indígenas e negros sendo tratados como insignificantes, um povo
sem alma que merecia ser escravo, mas que hoje formam a cara do Brasil, um
Brasil que tem mais de duzentos milhões de pessoas e a maioria é fruto de um
povo que necessita encontrar sua identidade em Deus.
Negro, índio, branco, caboclo, mameluco e mulato, esse é o povo
brasileiro, que meio a falta de aceitação de outros continentes, deu a volta
por cima e hoje é referência de um povo multicultural, um país continental.
Há muito a se fazer não importa quem errou, o importante é o que nós
vamos fazer com o que sabemos hoje.
Desta forma a partir destas ricas matrizes foi se tecendo uma Pátria
denominada Brasil, diverso na cultura, miscigenação, na culinária, na língua e
dialetos, na regionalidade, nos modos de ser e de fazer, um povo que luta pela
vida, pela família, pelo trabalho, que produz arte, que sobrevive e se refaz
continuamente. Portanto, sem dúvidas ser brasileiro é antes de tudo ser
“humano”, é acreditar que há possibilidade de reconstruir alternativas e novas
formas de sociabilidade embasadas no respeito e na dignidade humana, numa
sociedade livre de preconceitos e do autoritarismo arbitrário do homem sobre o
outro, mas acreditar na reconstrução dos fragmentos desta pátria , de uma gente
que se ama, tendo como preceitos a fé, a esperança e o amor, sendo a maior
delas, o amor.
MALERBA, Jurandir. BERTONI, Mauri. Nossa gente brasileira: Textos e atividades para o ensino fundamental. Campinas, SP: Papirus, 2001.
Redescobrindo fragmentos de
uma pátria denominada Brasil
Adriana Valeria Antonini
Chaves
“Se eu pudesse deixar algum
presente a vocês, deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres
humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora...
Lembraria os erros que foram cometidos, para que não mais se repetissem. A capacidade
de escolher novos rumos. Deixaria para vocês se pudesse o respeito àquilo que é
indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando
tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída”. (Mahatma Gandhi)
Vivemos num constante processo de transformação social. Através da
observação da realidade em que estamos inseridos, é possível constatar a
dinâmica que a humanidade vem assumindo ao longo dos séculos, especialmente no
que se refere às relações antagônicas entre o dominador e o dominado, entre o
capital e o trabalho, demonstrando assim a intrigante luta pelo poder do homem
sobre o homem e sobre a natureza.
No Brasil este processo não foi diferente. Os inúmeros povos indígenas
que foram habitando a costa atlântica ao longo dos milênios tiveram suas
histórias marcadas por um novo protagonista: o europeu. Estes viajantes de
além-mar foram capazes de atuar destrutivamente de múltiplas formas em relação
aos indígenas desta grande Ilha Brasil, conforme relata Darcy Ribeiro (2006),
estes povos não era uma nação, porque eles não se sabiam tantos e nem
dominadores, mas sim uma miríade de povos tribais, falando línguas do mesmo
tronco, dialetos de uma mesma língua, cada um dos quais, ao crescer, se
bipartia, fazendo dois povos que começavam a se diferenciar e logo se
desconheciam e se hostilizavam.
Entretanto o europeu, grupo recém-chegado trouxeram consigo uma
diversidade de conflitos tais como no campo biótico, com contaminação
bacteriológica, no ecológico pela disputa de território, de suas matas e
riquezas, no campo econômico e social, a partir da escravização do índio e por
sua mercantilização nas relações de produção.
A partir disto, surgem então multifaces de um povo denominado
brasileiro, que no plano étnico-cultural caracterizou-se pela gestação de uma
etnia nova, que foi se unificando na língua e nos costumes, os índios
desengajados de seu viver gentílico pelos portugueses, não sendo considerados
nem índios nem brancos, denominados por assim dizer mamelucos. Os negros
trazidos da África, que do contato sexual entre a mulher negra e o homem branco
fez surgir o mulato, e posteriormente com os imigrantes estimulando desta forma
o processo de miscigenação do povo brasileiro.
“A partir destas precárias bases, o negro
urbano veio a ser o que há de mais vigoroso e belo na cultura popular
brasileira [...]. Mas o negro aproveita cada oportunidade que lhe é dada para
expressar o seu valor. Isso ocorre em todos os campos em que não se exige
escolaridade. É o caso da música popular, do futebol e de numerosas formas
menos visíveis de competição e de expressão. O negro vem a ser, por isso,
apesar de todas as vicissitudes que enfrenta, o componente mais criativo da cultura
brasileira e aquele que, junto com os índios, mais singulariza o nosso povo.”
(Ribeiro, 2006. 205p.)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, Darcy, 1992-197. O
povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 2006. 5ª reimpressão.MALERBA, Jurandir. BERTONI, Mauri. Nossa gente brasileira: Textos e atividades para o ensino fundamental. Campinas, SP: Papirus, 2001.